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Tesouro Direto rendeu 31% ao ano com risco menor que a bolsa; saiba se vale a pena

02/05/2012 - LTN`S - LETRAS DO TESOURO

SÃO PAULO – Que tal investir em renda fixa, nos ativos considerados os mais seguros do País, e conseguir um retorno de mais de 30% ao ano? Pois quem comprou títulos públicos atrelados à inflação, as chamadas NTN-B (Nota do Tesouro Nacional – Série B), com os prazos de vencimentos mais longos há um ano está comemorando uma rentabilidade neste patamar.

Os títulos com vencimento em 2035, por exemplo, acumulam rentabilidade de 31,06% nos últimos 12 meses, de acordo com dados do Tesouro Nacional desta sexta-feira (27). Já as NTN-B com vencimento em 2024 estampam uma rentabilidade acumulada de 30,06% nos últimos doze meses.

Mas como títulos de renda fixa, com uma rentabilidade “pré-acordada” de 5% ou 6% ao ano mais a variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) podem pagar taxas tão elevadas para o investidor?

O economista e diretor da Norfolk Advisors, Ricardo Torres, explica que a rentabilidade do título público precisa incluir a possibilidade de renegociação daquele título no mercado secundário. Com isso, cortes da taxa de juros acabam influenciando o rendimento, especialmente as NTN-B e a LFT (títulos prefixados). “Quando a taxa de juros tem alguma oscilação, tanto para baixo quanto para cima, os títulos precisam refletir isso no preço”, diz.

Explicando a rentabilidade desses títulos, nos últimos meses, a taxa de juros recuou de forma expressiva no País. Desde agosto de 2011, quando estava em 12,5% ao ano, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central já promoveu seis cortes na taxa, que atualmente está em 9% ao ano. "Quando a taxa de juros cai de 12% para 9%, como foi o caso, alguns títulos podem sofrer um ganho de capital, proveniente desta diferença de precificação", explica Torres.

O que acontece com os títulos públicos prefixados e indexados à inflação é mais ou menos o que ocorre com um investidor que compra uma ação para receber dividendos. Além da remuneração obtida com os proventos distribuídos pela empresa, também haverá um lucro ou um prejuízo com a oscilação da cotação da ação. No caso do Tesouro Direto, o investidor que compra um título prefixado ou indexado à inflação sabe quanto de juros receberá até o vencimento do papel, mas não sabe qual será a oscilação do valor de face do título no período. Já quem investe em bolsa não sabe nem as oscilações da cotação nem os dividendos que serão disribuídos - um risco duplo, portanto.

Para o investidor mais conservador, que quer saber exatamente qual o rendimento de um título público antes de comprá-lo, é importante adquirir um papel com prazo casado ao objetivo do investimento. NTN-B com vencimento em 2035, por exemplo, é recomendada principalmente para quem está poupando para a aposentadoria. Se a ideia é poupar para pagar a entrada em um imóvel em 2015, por exemplo, é melhor escolher um título com vencimento no mesmo ano. Somente dessa forma o investidor não correrá riscos de perder dinheiro se quiser resgatar o dinheiro antes do vencimento. Já quem planeja manter o dinheiro investido por pouco tempo deve comprar somente LFT (títulos pós-fixados que seguem a Selic e não têm grandes variações no valor de face).

Vender, manter ou comprar? Para o diretor da Norfolk, aqueles que compraram títulos ligados à inflação com vencimento longo quando a taxa de juros estava mais alta devem pensar na possibilidade de vender neste momento. “Acredito que a taxa de juros possa continuar caindo, mas existem questões que estão barrando um corte maior da Selic. Uma delas é remuneração da caderneta de poupança, que impede que a Selic fique em um nível muito baixo”, explica o economista.

Isso porque, com a Selic em níveis muito baixos, a tendência é que os investidores migrem seus recursos para a caderneta de poupança, cuja rentabilidade não tem nenhuma ligação com a taxa básica de juros – o cálculo é feito com base na TR (Taxa Referencial) mais 0,5% ao mês.

Já no caso dos investidores que pretendem comprar agora, Torres recomenda cautela. “A questão é onde investir. Você tem que tentar prever se a Selic continua caindo, se a inflação continua caindo, ou se nós estamos em um ponto de curva onde a taxa de juros estaciona em 9% e volta para 9,5%” , afirma.

Por isso, ele acha melhor esperar antes de investir em títulos públicos neste momento e deixar o dinheiro em alguma aplicação bastante líquida e conservadora, como a caderneta de poupança, até que a situação fique mais clara.

Já o diretor da Valore Investimentos Personalizados, Sérgio Quintella, acha que os títulos ligados à inflação ainda oferecem uma boa perspectiva de rentabilidade. “Acreditamos que, no cenário atual, as melhores opções são os títulos atrelados à inflação e os prefixados”, diz.

Segundo ele, apesar da inflação estar mais baixa no começo deste ano, existe uma grande possibilidade de os preços voltarem a subir no médio e longo prazo. “Acho que essa queda de juros faz com que haja uma pressão inflacionária. Estamos vendo a competição entre os bancos para oferecerem juros menores e isso tudo vai estimular o consumo e fazer com que a inflação fique mais alta”, acredita.

Como investir no Tesouro Direto As pessoas físicas podem investir em títulos públicos por meio do programa Tesouro Direto, que disponibiliza a compra e venda dos títulos pela internet.

Para isso, é necessário ser cadastrado em uma corretora de valores e pedir autorização da instituição para operar com esses títulos. De acordo com o professor de economia do Ibmec - RJ, Luis Felipe Rossi, a grande vantagem de investir nos títulos dessa forma é o baixo custo da aplicação. “As taxas são muito menores do que as cobradas pelos fundos de investimento”, aponta.

Para Torres, da Norfolk, o Tesouro Direto deve ser observado por todos aqueles que se interessam pelos investimentos e planejam uma aplicação de longo prazo. “Ele oferece um retorno adequado com as expectativas de taxas de juros e inflação. É um excelente investimento para que o brasileiro possa compor, individualmente, uma carteira de previdência privada própria”, ressalta.

Além das NTN-B, existem outros títulos públicos que podem ser comprados por meio do programa Tesouro Direto. Confira quais são e as suas principais características:

• LTN - Letra do Tesouro Nacional - Título com rentabilidade definida (taxa pré-fixada) no momento da compra. O pagamento é único e feito na data de vencimento do título ou de seu resgate;

• LFT - Letra Financeira do Tesouro - Título com rentabilidade diária vinculada à taxa de juros básica da economia (taxa média das operações diárias com títulos públicos registrados no sistema SELIC, taxa Selic). O pagamento é único e feito na data de vencimento do título ou de seu resgate;

• NTN-B - Nota do Tesouro Nacional, série B - Título com rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos no momento da compra. O pagamento de cupom de juros é realizado semestralmente e o valor do título é pago na data de seu vencimento ou de seu resgate;

• NTN-B Principal - Título com a rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos no momento da compra. O pagamento é único e feito na data de vencimento;

• NTN-F - Nota do Tesouro Nacional, série F - Título com rentabilidade prefixada, acrescida de juros definidos no momento da compra. O pagamento de cupom de juros é realizado semestralmente e o valor do título é pago na data de seu vencimento ou de seu resgate.

Fundos de investimento Outra maneira de conseguir captar as oscilações dos títulos públicos é por meio dos fundos de investimentos de renda fixa. Neste caso, o investidor aplica seu dinheiro em algum fundo e o gestor ficará responsável pelas estratégias de alocação do portfólio. Há fundos de rende fixa que investem apenas em títulos públicos atrelados à inflação, por exemplo.

Segundo os especialistas, neste caso, é importante se atentar para a taxa de administração cobrada pelo fundo, que pode prejudicar a rentabilidade líquida da sua aplicação. “A grande pergunta que o investidor deve se fazer é se vale a pena. Existem gestores que não se pagam, ou seja, cobram taxa de administração e ainda perdem para o Tesouro Direto. E existem aqueles gestores que conseguem, mesmo com a taxa de administração, oferecer uma rentabilidade maior do que comprando apenas um título público”, afirma Luis Felipe Rossi, do Ibmec – RJ.

 




Fonte: InfoMoney – seg, 30 de abr de 2012

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